sábado, 1 de outubro de 2011

Própolis

Antibiótico natural isento de efeitos colaterais.

No número de março de 2002 de Itália Ornitológica no artigo “Os fármacos como preventivos”, tínhamos feito alusăo a algumas afirmaçőes de médicos pesquisadores, nacionais e internacionais, sobre os efeitos colaterais dos fármacos. Enfatizava-se o conceito segundo o qual antes de se empregar um fármaco é necessário avaliar, caso por caso, se săo maiores os riscos que se correm ou os benefícios desejados.

Da Fitoterapia (medicina natural) aprendemos que existe na natureza uma resina que reveste os frutos de algumas plantas como o pinheiro, o salgueiro, o olmo, a cerejeira e tantas outras que as abelhas recolhem e elaboram com as enzimas de suas secreçőes a assim chamada Própolis, um antibiótico natural com múltiplas funçőes. As propriedades terapęuticas da própolis foram descobertas em tempos remotos e foram os egípcios quem utilizaram esta substância para os cuidados do aparelho respiratório, para os estados gripais para as infecçőes da pele, para a cicatrizaçăo das feridas, e para outras afecçőes de natureza variada. Num primeiro momento, os efeitos benéficos foram empiricamente demonstrados, até que, recentemente, alguns pesquisadores no campo da Fitoterapia, entre eles o francęs Pierre Lavic (1960) descobriu neste antigo fármaco os seus numerosos componentes (veja a composiçăo) que detalhadamente confirmaram suas propriedades terapęuticas descobertas há cerca de 40.000 anos.

Composiçăo química da própolis:

50 % resinas e bálsamos: ácidos urânicos, ácidos aromáticos, etc

30 % gorduras e vitaminas: ácidos graxos, óleos essenciais, vitaminas B, C e E;

10 % de polifenóis: flavonóides (Galangina);

5 % pólen;

5 % sais minerais: cálcio, cobre, ferro, bário, crômio, etc.

Parece que săo os ácidos orgânicos e os polifenóis, contidos na própolis, que desenvolvem, principalmente, uma dupla açăo antibacteriana – bacteriostática e bactericida – significando que, respectivamente, tanto impede a multiplicaçăo das bactérias como as mata.

A própolis, além da propriedade antibacteriana, tem uma outra propriedade que para nós criadores é de extrema importância. É um antimicótico. Agem sobretudo, contra a Cândida e Micrósporo, graças a presença dos polifenóis que bloqueiam o crescimento dos fungos. E săo as próprias abelhas que, segundo um instinto natural, reconhecem na própolis esta funçăo e a utilizam para revestir as paredes onde a abelha-rainha pőe os seus ovos, como defesa dos ataques de fungos e bactérias. Desenvolve uma açăo imuno-estimulante. Esta açăo faz crescer a resistęncia do organismo graças ao efeito dos flavonóides (galangina) e da vitamina C que estimulam a síntese dos anticorpos e potencializam o sistema imunológico contra os agentes patogęnicos. Segundo as afirmaçőes de renomados fitoterapeutas, a própolis năo tem efeitos colaterais e pode ser utilizada também por longos períodos e em doses mais elevadas.

Devido as suas múltiplas ações e por ser um antibiótico natural de amplo espectro, a própolis pode ser usada na ornitologia, sobretudo, para a prevençăo daquelas formas bactérias intestinais que no período de incubaçăo prejudicam os filhotes até o nascimento. Pode ser usada, também, nas doenças das vias respiratórias, nas dermatites das patas que freqüentemente provocam inflamaçăo e rubor devidos, principalmente, aos erros alimentares, picadas de insetos e falta de higiene.

Para as nossas necessidades podemos utilizar a própolis que aparece no comércio na forma de soluçăo (gotas), encontrada em farmácias (naquelas onde se encontram produtos fitoterápicos) ou em lojas que vendem ervas e produtos naturais.

Posologia (experimental) para as doenças intestinais e respiratórias:

20 gotas em cada litro de água de beber no período de preparaçăo as incubaçőes por 15 dias consecutivos. A mesma dose durante 7 dias consecutivos após o nascimento dos filhotes;

30 gotas por litro de água de beber durante um período de 20 dias, no momento em que uma infecçăo for manifestada. É prudente neste caso intervir aos primeiros sintomas. Suspender durante 10 dias e repetir a administraçăo por mais 10 dias; para as demais doenças cutâneas, algumas gotas duas vezes ao dia sobre as áreas afetadas.

A própolis pode ser utilizada, também, junto com outros antibióticos sintéticos. Para os amigos criadores que, segundo uma convicçăo própria, năo pretendem renunciar aos antibióticos tradicionais, mencionamos, em resumo, tudo quanto tem sido relatado pelos estudiosos qualificados no campo da fitoterapia, isto é: a ingestăo da própolis pode ser feita também simultaneamente ao antibiótico alopático. Terminada a utilizaçăo deste, é conveniente prosseguir 10 dias com a própolis. Esta precauçăo tem o objetivo de minimizar a queda das defesas imunológicas provocadas pelo antibiótico sintético, reduçăo esta que origina a reincidęncia da doença.


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